STEEP | Falta adrenalina em um jogo de esportes radicais

Quando apresentado na E3 2016, Steep trouxe uma proposta que há muito não se via em videogame: esportes radicais. O trailer me lembrou um pouco do clássico Cool Boaders, de PS1, que muito joguei na minha infância.

Mas, ao contrário de Cool Boaders, Steep não empolgou. Muito por conta da sua trilha sonora silenciosa, a falta de mobilidade nas montanhas dos Alpes, a repetição e o multiplayer vazio. Por outo lado, os belos gráficos e a possibilidade de praticar quatro esportes radicais na neve são atrativos. O game saiu no dia 6 de dezembro para Playstation 4, Xbox One e PC. Confira a nossa review!

Jogabilidade

Steep traz aos jogadores quatro esportes radicais: snowboard, esqui, wingsuit e parapente. Os comandos para realizar as manobras e comandar seu jogador são fáceis e a jogabilidade é fluída neste ponto. O personagem do game pode ser customizável, assim como em outros jogos da Ubi. É possível alterar o sexo, equipamento e acessórios.

Um dos grandes destaques do jogo é o visual e as câmeras de replay. O visual é belíssimo e vale a pena contemplar as montanhas dos Alpes por alguns minutos. Por outro lado, os desafios e as corridas são bastante repetitivas e sempre “mais do mesmo”, mudando apenas o grau de dificuldade.

Multiplayer

Steep não é um game que conta com uma narrativa. Apesar de ser possível jogar offline, o grande objetivo é seu multiplayer, que basicamente consiste em competir com outros usuários para ver quem soma mais pontos nos desafios. A intenção é disputar as corridas, realizando manobras e comparar os resultados com outros jogadores. O problema neste caso é que o game apresenta um público muito restritivo – esportes radicais na neve, atrapalhando justamente o ponto que foi o principal foco da produção.

Mapa

O mapa de Steep é grande e muito bonito. Enquanto os fãs por visuais tem uma enorme possibilidade de exploração, encontrando pontos de desafio, de corrida e etc, os jogadores mais casuais podem sentir-se confusos, já que a mobilidade nos Alpes não é fácil (por motivos óbvios) e é preciso alcançar alguns locais a pé, sem o transporte rápido. Muitas vezes cansativo.

Radical?

Apesar de ser um game que traz o tema de esportes radicais de volta aos jogadores, Steep não gera adrenalina. Durante o tempo em que joguei para produzir a análise, poucos foram os momentos em que me senti empolgado ou mesmo desafiado pela produção.

Conclusão

A Ubisoft não parece ter apostado alto quando produziu Steep. O título foi claramente feito para uma gama específica de jogadores, longe de ser um AAA. Jogadores casuais podem eventualmente testá-lo, conhecer os esportes, alguns até se identificarem com a proposta, mas dificilmente agradará a grande massa. Mas voltaram os esportes radiciais nos games, então, nos resta aguardar para os próximos títulos…

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem PS4, PSVR e PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, Red Dead Redemption 2 e The Last of Us completam o Top-5.