Classificação:
Na trama, temendo as ações de um super-herói quase deus não controladas, o formidável vigilante de Gotham City assume o papel de salvador de Metrópolis, enquanto o mundo discute o tipo de herói que realmente precisa. E enquanto Batman (Ben Affleck) e Superman (Henry Cavill) estão em guerra, uma nova ameaça surge rapidamente, colocando a humanidade em um perigo que jamais conhecera.
Para começar: esqueça comparações. Como a campanha promocional já mostrava, a Warner decidiu seguir um tom completamente diferente da sua concorrentes. São vertentes distintas, então não existe essa de citar um estúdio para justificar as atitudes de outro. Dito isso, o roteiro da produção em questão é realmente denso em certos pontos, mas necessário. Correndo contra o tempo, buscando uma expansão gigantesca, Chris Terrio e David Goyer fizeram uma grande desconstrução em cima do Batman e Superman. O primeiro, para apresentar todo um caminho, o segundo para mostrar sua situação após os acontecimentos do seu primeiro filme.
Ainda, para completar, no meio disso tudo temos grandes personagens da DC Comics. Um deles, o vilão Lex Luthor, que é interpretado de forma nojenta por Jesse Eisenberg. E não de uma forma ruim, mas uma que apresenta certa essência maquiavélica tirada direto das páginas, ao mesmo tempo em que é misturada com trejeitos definidos pela atuação do seu intérprete. Outro que vale ressaltar, obviamente, é a Mulher-Maravilha. Aparecendo em certos momentos, ela é parte importante no final de toda a equação. Por sinal, Gal Gadot está fantástica no papel, mostrando um conforto em sua interpretação que irá realmente conquistar o seu espaço no coração do público.
Dito isso, é o momento de falar dos dois principais nomes do título. Ben Affleck, temido por muitos e completamente contestado pelo seu passado (inclusive por mim), mostra que chegou para ficar. É uma encarnação diferente do Batman. Ele é bruto, com traumas, e totalmente alucinado em certos momentos. Uma ótima entrega do ator, que agora irá tomar o lugar de muitas pessoas como a versão favorita do herói. Já a abordagem mostrada envolvendo o Superman, novamente interpretado por Henry Cavill, não mudou em alguns aspectos. Contestado pelos acontecimentos anteriores, o personagem tem muitas dúvidas em seu cotidiano. Ainda assim, é interessante ver o andamento das suas escolhas.
Para o último ato, após mostrar um pouquinho de cada um dos nomes em questão, o roteiro muda um pouco mais o tom. Fica para trás a introdução, enquanto um mergulho intenso envolvendo as cenas de ação é realizado. Com isso, as HQs começam a ser jogadas na tela com um impacto ainda maior. É um fan service muito grande para o público da DC Comics, que vai de pequenas referências através de citações feitas por personagens secundários, até grandes acontecimentos que tomam conta das telas.
Com essa pegada, Zack Snyder realmente apresentar o seu universo cinematográfico da DC. O tom está claro, além das muitas surpresas que vão sendo reveladas ao longo das cenas. Para completar, novamente ele mostra as suas características já conhecidas. O CGI é em grande quantidade, como esperado, mas necessário em boa parte do tempo por conta dos seus acontecimentos grandiosos. Além disso, ele vai mais fundo em sua fórmula, com cenas que lembram desde o início projetos anteriores. É um projeto realmente coerente para a sua carreira, mostrando o seu potencial para a direção de super-heróis.
Outro ponto é válido ressaltar: se você acha que viu o filme através de trailers, comerciais e clipes, está enganado. Algumas coisas poderiam ficar de fora? Sim, poderiam. Mesmo assim, situações acontecem através de caminhos totalmente diferentes do que era imaginado, mostrando a importância de cada uma das peças que marcam presença no filme. A ideia foi plantada através de tudo isso, deixando claro que a Liga da Justiça está vindo. E, se depender de Batman vs Superman – A Origem da Justiça, ela será incrível e com muito fan service!
