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Na trama, desde que presenciou o assassinato de sua mãe e teve que lidar com a injusta prisão de seu pai, Barry Allen sempre esteve buscando por respostas. Contudo, o mistério chega até o jovem perito forense quando ele sofre um acidente e adquire uma força energética misteriosa que, consequentemente, lhe dá uma super velocidade e o transforma no veloz “The Flash”. Agora, ainda se familiarizando com os seus poderes e desenvolvendo novas habilidades, ele busca salvar pessoas amparado por uma equipe formada pelo rico empresário Harrison Wells, a cientista e especialista em biogenética, Caitlin Snow, e do brilhante gênio da informática Cisco Ramon.
Mesmo possuindo a mesma temática heroica de Arrow, o interessante de The Flash é realmente a forma com que sua abordagem é construída. Para começar, não é algo sombrio. Na verdade, um caminho quase que oposto é seguido em sua trama e conteúdo. Sem medo de assumir a sua inspiração e apresentando muitas referências nerds ao longo dos seus episódios, o título ainda usa uma grande dose de humor em seu conteúdo e desenvolvimento. O resultado é interessante e satisfatório dentro de tudo o que é mostrado, apresentando um objetivo e melhoras constantes ao longo de toda o contexto trabalhado. Obviamente, sem esquecer também os seus mistérios e a envolvente busca por respostas.
Entretanto, além de todos esses contextos envolvendo pontos técnicos e roteiros, outro que também chama atenção no seriado são os seus personagens. Desde o primeiro episódio certos perfis são claramente introduzidos, mas sendo ainda melhorados ao longo dos capítulos seguintes. Os poderes do herói vão passando por boas memórias por conta das situações que vai enfrentando com o tempo, mas o grande destaque ainda fica sob a equipe principal e o contexto do programa, incluindo a grande questão: quem matou a mãe do protagonista?
Outros nomes clássicos ligados ao velocista escarlate também vão surgindo ao longo dos episódios, gerando não apenas boas referências, mas também ótimos personagens e momentos do programa. E é exatamente assim que os vilões clássicos como Capitão Frio vão aparecendo e conquistando o seu espaço, ditando também um novo ritmo ao que é mostrado. Verdade seja dita: o primeiro ano de The Flash funciona exatamente por ser único. O projeto é, desde o seu começo, uma grande jornada por respostas, mas também o nascimento de um herói com convicções. É exatamente trabalhando em cima desses pontos que o espectador vai sendo conquistado ao longo da temporada, variando entre a vida pessoal e a heroica do seu protagonista para isso.
Contudo, mesmo no meio de tantas questões, é a presença do Flash Reverso e a busca de Barry por respostas e justiça que motiva a trama ao longo prazo. Não deixa de ser bom ver os casos envolvendo meta-humanos e Grodd em certos pontos, mas a busca pelo vilão é realmente o grande ponto forte. Não apenas por ser algo realmente envolvendo o bem contra o mal, mas por ser isso o que faz a vida pessoal e a heroica do personagem acabe entrando em uma verdadeira colisão. E a motivação não é apenas do protagonista, já que todos aqueles que tem conhecimento da sua identidade também acabam motivados para encontrar a resposta que é entregue bem perto do último capítulo.
No final de tudo, The Flash faz exatamente o que promete dentro do seu contexto: entrega ao público uma trama realmente inspirada em quadrinhos, com vilões cartunescos, bom humor, muitas referências ao mundo da cultura pop e bons personagens. O elenco pode até não ser de grande escalão, formado principalmente por nomes jovens, mas ainda assim também se destaca pela qualidade do seu trabalho, com um pouco mais de ênfase ao que é apresentado por Tom Cavanagh como Harrison Wells. E não deve parar por aí, já que o ótimo final do primeiro ano ainda consegue também criar muitas expectativas para o que está por vir na 2ª temporada.
