TERREMOTO – A FALHA DE SAN ANDREAS | EM DVD / BLU-RAY

Classificação:
Regular67571Dwayne “The Rock” Johnson conseguiu grande espaço no meio cinematográfico desde que encarnou o Escorpião Rei em O Retorno da Múmia (2001). Mesmo que seus filmes nem sem sejam agraciados com grandes roteiros e nem sejam conduzidos por grandes diretores, sempre conseguem algum sucesso por conta da sua carisma. Agora, em mais um capítulo da sua carreira, o ator é o protagonista do filme catástrofe Terremoto – A Falha de San Andreas, que já está disponível no mercado em Home Vídeo.

Quando uma série de tremores de terra catastróficos originados pelo movimento da falha de San Andreas arrasa todo o estado da Califórnia, o bombeiro especializado em resgates Ray (Dwayne Johnson) precisa usar toda sua perícia para salvar sua ex-esposa Emma (Carla Gugino) e sua filha Blake (Alexandra Daddario). Esta está presa em meio a escombros e conta apenas com a ajuda de dois garotos para se manter viva. Ray precisa se apressar, pois as coisas só tendem a piorar.

É impressionante saber que o roteiro deste filme precisou de três cabeças para concebê-lo. Nada que se vê na tela é algo novo, inédito, nem sequer uma situação que seja. Tudo segue os mesmos esquemas que outros tantos utilizaram, como o herói que preza sua tarefa acima de qualquer coisa, os entes queridos que correm perigo, os cientistas que ninguém quis ouvir e o desafogo cômico. Tudo está lá, com ou sem a mesma intensidade ou relevância dentro do longa. Mas o fato é que, principalmente quando a ação começa, a sensação de deja vu é inevitável, e se o espectador cochilar pode acordar achando estar assistindo a Twister (1996) ou Impacto Profundo (1998).

A ideia de levar algo que pode de fato acontecer foi até uma saída em meio a um mar de falta de originalidade que se passa em Hollywood atualmente, principalmente se tratando desde gênero cinematográfico. Porém, a forma como o roteiro é concebido é simplesmente banal, óbvia e dispensável. Quando toda a situação é apresentada, é possível imaginar tudo o que irá acontecer. O que poderia prender a atenção do público era uma construção mais elaborada das situações de tensão que foram apresentadas, entretanto, o diretor Brad Peyton, depois das patotas Como Cães e Gatos 2 (2010) e A Viagem – A Ilha Misteriosa (2012), mostra ainda tem muito a prender e não tem condições de transmitir algo ousado.

O fato é que o desenrolar da trama segue com um grau de previsibilidade enfadonha, e as sequências de heroísmo de Dwayne Johnson são implausíveis ao ponto de serem engraçadas. Isso sem contar o fato de que um profissional que coloca seu dever acima de tudo, como indica no início do filme, simplesmente abandone tudo para ir à caça de sua ex-esposa (e a encontrar, só ela, em meio a edifícios desabando) e sua filha. Os efeitos visuais parecem amadores em comparação a filmes como O Dia depois de amanhã (2004) e o já citado Armagedom. Poderiam, ao menos nisso, ter caprichado mais. Por fim, a parte final simplesmente acontece, sem um clímax, nada, apenas a já conhecida carga dramática para dar liga.

Mesmo não sendo um subgênero que preze por qualidade textual, o cinema-catástrofe ao menos já renderam bons filmes, com ação acima da média e efeitos especiais fascinantes. Este Terremoto – A Falha de San Andreas deve ganhar seus milhões na bilheteria, já que o público ultimamente não parece muito exigente, mas, daqui a algumas semanas provavelmente sequer será lembrado, por nenhum atributo, nem mesmo pela inexpressividade de Dwayne Johnson.